Ao longo da sua história recente, o Brasil mostrou capacidade para superar as crises políticas e econômicas que enfrentou. Essa é uma das principais marcas do País, segundo o deputado Rômulo Gouveia (PSDB-PB). Ele fez um resumo da evolução política brasileira a partir da década de 1950, para mostrar que a sociedade soube sair dos entraves colocados no caminho, mesmo os que vieram do exterior. “Nessas décadas, com todas essas adversidades, esse País se manteve firme, crescendo e se projetando para as novas gerações”, disse Gouveia. Ele rememorou as principais crises políticas das últimas décadas, citando o suicídio do presidente Getúlio Vargas (1954), a renúncia de Jânio Quadros (1961) e o golpe militar de 1964. Em muitos destes fatos, Rômulo Gouveia destacou a atuação de Tancredo Neves, e de políticos paraibanos como Humberto Lucena, Raimundo Asfora e Antonio Mariz, em defesa dos princípios democráticos. Com a redemocratização (1985), a sociedade voltou a escolher os seus representantes, mas, disse o deputado, se viu às voltas com a crise provocada pela morte de Tancredo Neves. Para o deputado, o então presidente José Sarney soube conduzir o País em um momento de instabilidade política, ao fazer um governo de coalização. Gouveia destacou ainda algumas medidas tomadas por Sarney, como a convocação da Assembleia Nacional Constituinte, a legalização os partidos - o que levou o Brasil a abandonar o bipartidarismo -, e dos sindicatos. Segundo ele, o País já vinha atingindo maturidade política sem igual em sua história, restando como principal obstáculo o fim da hiperinflação - o que só foi obtido com o lançamento do Plano Real (1994), no governo Itamar Franco. “Na época, as pessoas diziam que era mais um plano, mais uma frustração. Mas, graças a Deus, ele deu certo”, disse. Rômulo Gouveia elogiou avanços obtidos no governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, como o fim da inflação, a criação de programas sociais - embriões do atual Bolsa Família -, e da Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo Gouveia, o presidente Lula soube reconhecer esses avanços, manter a estabilidade econômica e ampliar os programas sociais de FHC. Como forma de garantir o crescimento do País e melhoria nas condições de vida da população, o deputado paraibano defendeu a ampliação de recursos federais para os estados aplicarem em saúde, educação e segurança pública. “Já que não temos a capacidade de fazer uma reforma política, uma reforma tributária, que através de lei a União possa ajudar os estados com investimentos”, afirmou.
Ascom com Secom - Câmara dos Deputados
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